A negociação dos créditos de carbono é uma maneira de alguns país reduzirem numericamente as emissões dos gases que causam o efeito estufa. Como isso é feito? Por meio de uma venda. É como se cada país pudesse liberar na atmosfera uma determinada quantidade de gases. Alguns não atingem a meta, e podem comercializar esta cota na forma de créditos de carbono. Outros têm uma atividade industrial tão poluidora que superam o limite e, por isso, compram créditos de quem polui menos ou possui áreas de floresta conservada.
Assim, uma empresa brasileira poderia desenvolver um projeto para reduzir as emissões de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada de CO2 que deixou de liberar, a empresa ganha um crédito, que pode ser negociado diretamente com as empresas ou por meio da bolsa de valores. "Mas os países só podem usar esses créditos para suprir uma pequena parte de suas metas", explica Kenny Fonseca, professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
O objetivo é cumprir as metas do Protocolo de Kyoto, que definiu em 1997 limites para a quantidade de gases poluentes na atmosfera. Mas porque esta preocupação? A resposta está no efeito estufa, um fenômeno natural que retêm parte do calor dos raios solares e mantêm a temperatura do planeta. Quando a concentração de gases como gás carbônico, metano e óxido nitroso, aumenta este fenômeno é ampliado e mais calor é retido na superfície da Terra, o que estaria, segundo alguns cientistas, relacionado ao aquecimento global.
Hoje em dia, os pesquisadores descobriram que não são só os gases que provocam esse efeito. O chamado carbono negro, que é a fuligem da fumaça, também tem papel importante nesse mecanismo. "A fuligem provoca o sombreamento da superfície e esquenta a atmosfera. Além disso, modifica a formação das nuvens, o que muda o equilíbrio térmico do planeta", conta o pesquisador.
Apesar de ser impossível prever com certeza quanto o planeta deve aquecer nos próximos anos, a preocupação para minimizar os efeitos do aquecimento global é recorrente. Uma das críticas ao Protocolo de Kyoto é que só estão obrigados a diminuir as emissões os países na lista de nações desenvolvidas. Ou seja, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. "Ao contrário do que acontece no resto do mundo, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas ao uso do solo - desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários. O próximo acordo também deve incluir o desmatamento, que tem a ver diretamente com o nosso país", alerta Kenny.
Bactérias fixadoras--transformam o nitrogênio do ar em amônia;
Bactérias decompositoras- Transformam os resíduos nitrogenados orgânicos em amônia;
Bactérias nitrificantes - transformam a amônia em nitrito e depois em nitratos;
bactérias desnitrificante- transformam amônia e nitratos em nitrogênio ( retorna a atmosfera)